Goldman vê ROEs pressionados no 4º tri

22 de janeiro de 2020 às 0h04

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Temporada de balanços dos bancos no País terá início com dados do Santander Brasil - Crédito: Sergio Moraes/Reuters

São Paulo – Analistas do Goldman Sachs continuam cautelosos com bancos no Brasil, calculando que os resultados do quarto trimestre de 2019 devem levar a nova compressão nos retornos ao patrimônio (ROE), conforme relatório divulgado ontem com prévia para os balanços de instituições financeiras brasileiras.

“Os bancos devem se beneficiar de um ganho extraordinário, sem efeito caixa, relacionado à reavaliação de impostos diferidos antes do aumento de tributos no próximo ano, mas isso pode ser compensado por provisões únicas adicionais”, afirmou a equipe liderada por Tito Labarta.

A equipe do GS afirma esperar um trimestre misto para os bancos brasileiros, com ROEs entre estáveis a mais baixos nos grandes bancos, enquanto BTG Pactual e Banco Inter devem apresentar ROEs mais altos.

O crescimento do empréstimo deve aumentar modestamente em um trimestre sazonalmente forte, enquanto a margem financeira (NIM) pode sofrer pressão por taxas de juros mais baixas, embora a qualidade dos ativos deve permanecer sob controle, avaliam.

As tarifas, na visão dos analistas, devem permanecer fracas, mas algumas das recentes pressões podem diminuir, enquanto os bancos continuam focados no controle de custos. “Acreditamos que todos os olhos estarão voltados para os guidances para 2020, onde esperamos tendências em sua maioria fracas, dadas as taxas de juros mais baixas, o limite para as taxas de cheque especial e as alíquotas tributárias mais altas”.

Projeções – A temporada de balanços dos bancos no País começa no próximo dia 29, com os números do Santander Brasil, para o qual o Goldman Sachs prevê lucro líquido recorrente de R$ 3,784 bilhões, enquanto a margem financeira (NIM) deve ficar em 6,1% e o ROE recorrente em 20,5%.

Para o Bradesco, que reporta balanço em 5 de fevereiro, a previsão é de lucro recorrente de R$ 6,49 bilhões, com NIM a 4,5% e ROE de 19,2%. No mesmo dia, Banco Inter deve mostrar lucro de R$ 21 milhões, NIM de 7,9% e ROE de 3,9%.

No dia 10 de fevereiro, o Itaú Unibanco apresenta balanço que, na visão dos analistas, deve mostrar lucro líquido recorrente de R$ 7,026 bilhões, com a margem financeira (NIM) em 4,8% e o retorno sobre o patrimônio (ROE) recorrente em 22,1%.

O Banco do Brasil, que divulga seu desempenho em 13 de fevereiro, deve alcançar lucro líquido recorrente de R$ 4,281 bilhões, com NIM em 3,8% e ROE recorrente de 16,5%. Um dia depois, o BTG Pactual deve mostrar lucro recorrente de R$ 1,09 bilhão e ROE recorrente de 20,9%.

O Goldman Sachs tem recomendação de “compra” para Banco do Brasil, recomendação “neutra” para BTG Pactual e Santander Brasil e recomendação de “venda” para Itaú Unibanco, Bradesco e Banco Inter. (Reuters)

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