A Chevrolet anunciou que quatro ícones de sua história no Brasil vão voltar às ruas ainda em 2025. São eles: Monza 500 EF 1990, Omega CD 1994, Opala SS 1979 e S10 Rally 2004. A iniciativa faz parte do programa Vintage, criado para celebrar o centenário da General Motors no país.
O projeto combina duas vertentes: restauração fiel à originalidade e restomod, conceito que une o design clássico a tecnologias modernas. O programa foi apresentado pelo presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba (SP), o maior centro de testes automotivos do hemisfério Sul.
O Monza 500 EF e o Omega CD foram totalmente restaurados para reproduzir com exatidão os modelos que saíram de fábrica — o Omega, inclusive, recebeu um motor atualizado com o kit Irmscher 3.6L, sem perder o estilo original. Já o Opala SS 1979 ganhou motor 4.1L com injeção eletrônica, mesclando performance e autenticidade. A S10 Rally 2004, nascida para o Rally dos Sertões, foi adaptada para uso urbano.
Além desses quatro, o Kadett GSi 1992 está em fase final de acabamento e deve ser o próximo a integrar o projeto. Todos os carros passam por testes de validação no campo de provas da GM, incluindo ensaios de frenagem, dirigibilidade, ruído e vibração, garantindo que os modelos mantenham segurança e qualidade compatíveis com os padrões atuais.

Edição limitada e leilão beneficente
Os carros do Chevrolet Vintage não estarão à venda nas concessionárias. Serão apenas dez unidades, todas únicas, que serão leiloadas em etapas a partir de 2025, com participação presencial e online. Parte do valor arrecadado será destinada ao Instituto General Motors (IGM), que apoia projetos sociais no país.
Cada exemplar do Vintage foi desenvolvido sob supervisão direta da engenharia da GM, usando o vasto acervo histórico da marca — com manuais originais, amostras de acabamento e banco técnico de imagens. A precisão é tamanha que até o tom do zinco dos parafusos e detalhes metálicos foi reproduzido conforme o padrão de época.
Clássicos, tecnologia e memória afetiva
Mais do que reviver carros, o programa Vintage marca uma nova fase para o antigomobilismo no Brasil, movimento que cresce entre colecionadores e fãs dos chamados “neoclássicos” — modelos das décadas de 1990 e 2000 que hoje ganham status de cult.
“Resgatar e transformar esses modelos em verdadeiras peças únicas de coleção é uma forma de honrar o legado da Chevrolet e oferecer algo especial aos apaixonados por carros”, disse Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul.
Com o Vintage, a Chevrolet coloca o Brasil no mesmo patamar de mercados como Estados Unidos e Europa, onde montadoras mantêm programas oficiais de restauração e reedição de veículos históricos. Um reencontro entre passado e futuro — com motor aquecido pela nostalgia.