Estudos realizados por Polyana Pastorelo Niehues e Sonia Bordi, da Faculdade União das Américas, trouxeram novas perspectivas sobre o uso da banha de porco e do óleo de soja na culinária.
As pesquisas mostraram que a banha, antes desacreditada, pode ser mais saudável, mantendo os níveis de colesterol HDL, o “colesterol bom”, estáveis, enquanto o óleo de soja causou uma redução de 20,5% nesse nível de colesterol.
Além disso, o uso de óleo de soja está associado ao aumento de peso corporal e de gordura, ao contrário da banha de porco. Esses resultados desafiam antigas crenças sobre gorduras utilizadas na cozinha.
Estudos destacam a importância da composição nutricional da banha, que inclui gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, além de vitaminas D e E, essenciais para a saúde.
Composição nutricional da banha de porco
A banha é rica em ácidos graxos saturados (cerca de 40-45%) e monoinsaturados (cerca de 45%), proporcionando estabilidade térmica em altas temperaturas. Essa estabilidade reduz a formação de compostos tóxicos durante o cozimento, tornando-a ideal para frituras.
A presença de vitaminas lipossolúveis, como D e E, beneficia ossos e o sistema imunológico, algo que o óleo de soja não oferece igualmente.
Efeitos no colesterol e controle de peso
Os estudos evidenciaram que a banha não ocasionou aumentos significativos de peso, ao contrário do óleo de soja, associado a incrementos na massa corporal e gordura. Tais descobertas acentuam o potencial da banha de porco em manter o colesterol HDL em níveis saudáveis, enquanto o óleo de soja apresenta efeitos adversos.
A reintrodução da banha de porco nas cozinhas modernas sinaliza uma revisão nas escolhas alimentares. Sobretudo com os dados recentes, a banha emerge como uma escolha equilibrada e nutritiva para o preparo de alimentos.