A partir de 1º de julho, o salário mínimo paulista será reajustado para R$ 1.804, conforme sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O aumento representa um reajuste de 10% sobre o valor anterior de R$ 1.640, com ganho real de aproximadamente 5% acima da inflação, segundo o governo estadual.
O novo valor consolida São Paulo como um dos estados com piso salarial mais elevado do país, superando em 18,84% o salário mínimo nacional de R$ 1.518, em vigor desde janeiro de 2025.
O reajuste abrange trabalhadores da primeira faixa salarial, como cozinheiros, auxiliares de limpeza, atendentes e operadores de máquinas, desde que não estejam amparados por convenções coletivas que definam valores superiores.
A medida também inclui cuidadores de pessoas com deficiência, incorporados ao texto após emenda aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Em 2023, os cuidadores de idosos já haviam sido integrados ao piso estadual.
Impacto no funcionalismo público
Além do aumento no piso estadual, o governo sancionou duas leis complementares que reajustam os vencimentos dos servidores públicos estaduais:
- A primeira, PLC 11/2025, institui um abono complementar para garantir que nenhum servidor ativo ou inativo receba abaixo do novo salário mínimo estadual.
- A segunda, PLC 12/2025, aplica reajuste linear de 5% para diversas categorias do Poder Executivo, beneficiando mais de 925 mil pessoas, entre servidores da ativa, aposentados e pensionistas.
O reajuste também será aplicado aos subsídios do governador, vice-governador e secretários estaduais.
Embora São Paulo avance no aumento do piso, o Paraná ainda lidera com salários regionais que variam entre R$ 1.984 e R$ 2.275, conforme a categoria profissional. Em contrapartida, o reajuste paulista quase dobra a diferença sobre o piso nacional, ampliando a margem de proteção ao poder de compra dos trabalhadores locais.
Apesar de aprovação unânime na Alesp, parlamentares da oposição cobraram maior valorização do funcionalismo. O deputado Guilherme Cortez (Psol) ressaltou que “é preciso investir nos servidores se queremos melhores serviços públicos”.
Já deputados da base governista destacaram o compromisso com a responsabilidade fiscal e a valorização gradual do funcionalismo, como apontou Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Republicanos): “O governador tem feito a diferença em todos os setores”.