Nos últimos dias, o assunto mais comentado tem sido o caso da brasileira Juliana Martins, que caiu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia na última sexta (20). A atualização mais recente do caso é que ela foi vista por meio de drones a 500 metros de profundidade de um penhasco, completamente imóvel. O caso fez muitas pessoas descobrirem que, sim, turismo de vulcões é uma coisa que existe (e até bem popular), mas será que é seguro?
Segundo uma matéria da BBC do ano passado, a procura de turistas por visitar vulcões aumentou nos últimos anos. Inclusive, alguns até praticam rappel em vulcões ativos, como o Vanuatu, na Islândia.
E o caso da brasileira Juliana não é o primeiro de acidentes envolvendo turistas em vulcões. Em 2023, o Monte Marapi, na Indonésia, expeliu cinzas superaquecidas de forma inesperada, o que resultou na morte de 23 trilheiros, além de dezenas de feridos.
Visitar um vulcão pode ser seguro… mas com muitas advertências
Matthew Patrick, geólogo no Hawaiian Volcano Observatory, explicou à BBC que, quando você for visitar um vulcão, precisa fazer uma pesquisa extensa antes. “Leia sobre quais são as restrições, o que as autoridades locais estão fazendo para manter as pessoas fora e seguras”, afirmou Patrick.
Ele também alertou para a importância de encontrar um guia com uma boa reputação e especializado naquele vulcão que você quer visitar.
Segundo Kristín Vogfjorð, líder de Pesquisa Geocientífica no Icelandic Meteorological Office, avanços tecnólogicos permitem prever com mais precisão fenômenos vulcânicos, evitando que turistas acabem expostos a erupções ou emissões de gases tóxicos. Ainda assim, não é impossível, como no caso do Monte Marapi, que o vulcão surpreenda.