Não, a IA ainda não aprendeu a fazer a sua versão de uma “mesa branca”. A partir de dados disponíveis, tecnologias de Inteligência Artificial como o Project Lazarus e o Replika conseguem imitar a voz de pessoas que já faleceram. Essas IAs utilizam áudios, textos e vídeos disponíveis.
Através desse processo complicado, essas ferramentas conseguem oferecer uma imitação eficiente de pessoas que já se foram. Em redes sociais, você consegue encontrar vídeos de conversas com IA simulando esse tipo de diálogo. Por mais que a experiência possa ser muito impactante para várias pessoas, ela levanta uma série de questões éticas e emocionais.
Uma das questões é que algumas dessas ferramentas podem ser usadas livremente, sem autorização dos familiares da pessoa falecida, mostrando que o setor de IA ainda é pouco regulado.
IAs de artistas falecidos
Outra discussão levantada sobre essa tecnologia é o uso da IA para “ressuscitar” artistas famosos. Muitas pessoas argumentam que essa é mais uma forma de explorar a imagem dessas pessoas, mesmo depois da morte delas. Um exemplo que teve enorme repercussão aqui no Brasil foi o comercial da Volkswagen, que “trouxe de volta” Elis Regina em um dueto com a sua filha, Maria Rita. Vale observar que, nesse caso, a família autorizou o uso da imagem da artista.
Inclusive, alguns artistas já até tomam medidas para evitar que suas imagens sejam usadas dessa forma. Em 2023, a cantora Madonna, de 66 anos, alterou o seu testamento para proibir que sua imagem seja recriada por inteligência artificial, como em hologramas. “A turnê de Whitney Houston com uso de hologramas foi criticada, e Madonna se recusa a permitir que executivos famintos por dinheiro façam o mesmo”, contou uma fonte em entrevista ao tabloide The Sun.