Andressa Urach passou por uma cirurgia para mudar a cor dos olhos. O procedimento, conhecido como queratopigmentação, ocorreu em Nice, França, neste final de junho. Urach, que desejava transformar seus olhos de castanho-escuro para azul, compartilhou a experiência nas redes sociais.
Poucos dias após a operação, relatou sentir dores intensas nos olhos, levantando preocupações sobre a segurança desse procedimento, proibido para fins estéticos no Brasil.

A queratopigmentação consiste no uso de laser para alterar a coloração dos olhos. O processo é feito em duas etapas: uma aplicação rápida de laser na córnea e a inserção de pigmento para criar uma nova íris colorida.
A queratopigmentação é considerada de alto risco por oftalmologistas, devido a complicações potenciais como lesões na córnea e infecções severas. A técnica também pode causar aumento da pressão ocular, condição que pode evoluir para perda de visão definitiva.
Relatos frequentes incluem dor intensa, irritação ocular, sensibilidade à luz e lacrimejamento, que comprometem a qualidade de vida dos pacientes.
Riscos envolvidos
Os riscos da queratopigmentação vão além dos problemas imediatos. Existe a possibilidade de ocorrer infecções e dano permanente à córnea. Alterações na cor dos olhos resultantes do procedimento podem parecer artificiais, principalmente sob luz natural intensa.
A fotofobia, que é uma sensibilidade severa à luz, é uma complicação comum relatada, capaz de afetar drasticamente o dia a dia dos indivíduos.
Para além das preocupações estéticas, a natureza definitiva e irreversível da queratopigmentação expõe um dilema entre escolha pessoal e recomendação médica.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) restringe a queratopigmentação a situações médicas específicas, como em casos de cegueira com necessidade de revitalização ocular.