O Comitê de Política Monetária (Copom) prevê “período prolongado” da taxa básica de juros (Selic) a 15% ao ano. A avaliação consta da ata divulgada no último dia 24 pelo Banco Central.
O Brasil se destacou por suas taxas de juros reais elevadas, frequentemente liderando rankings globais. Essa situação é influenciada por diversos fatores, incluindo políticas monetárias e condições econômicas históricas específicas do país.
Nos anos recentes, especialmente desde o aumento das taxas decididas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic mantém-se em níveis significativos.
Influência do Plano Real
Desde a implantação do Plano Real em 1994, o Brasil luta para controlar a inércia inflacionária. A estabilização econômica e o controle da hiperinflação foram alcançados, mas não eliminaram as pressões inflacionárias completamente.
Muitos contratos e preços ainda estão indexados à inflação passada, perpetuando o ciclo e exigindo altas taxas de juros. A Selic, usada para controle da inflação, garante que o Brasil continue a implementar políticas restritivas para evitar desequilíbrios.
Selic
O Copom utiliza a Selic como principal ferramenta de política monetária. Historicamente elevada, ela atrai investimentos internacionais ao oferecer retornos atraentes em um cenário mundial de juros baixos.
No entanto, os juros altos também encarecem o crédito para empresas e consumidores, potencialmente limitando o crescimento econômico. Comparado a países como Turquia e Rússia, o Brasil mantém taxas reais proeminentes.
O Brasil ocupa frequentemente posições de destaque nos rankings de juros reais, junto a países como a Turquia e a Rússia. Segundo dados de março de 2025, a taxa real brasileira era de 9,53% ao ano, uma das maiores globalmente.
Ao manter essa política de juros altos, o Brasil busca preservar a estabilidade econômica, mas enfrenta o desafio de equilibrar crescimento com controle inflacionário.