Pesquisas recentes têm reforçado a importância da alimentação no controle da psoríase, condição inflamatória crônica que afeta a pele e pode atingir áreas como cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Dados científicos sugerem que determinados alimentos podem interferir na manifestação dos sintomas da doença, com destaque para o impacto negativo dos produtos industrializados.
A ingestão frequente de alimentos ultraprocessados vem sendo associada ao aumento do risco de crises de psoríase. Esses itens, comuns na alimentação moderna, contém aditivos, conservantes e níveis elevados de gordura, açúcar e sal.
Segundo os estudos, mesmo após o ajuste por fatores como idade, peso corporal e estilo de vida, a correlação entre o consumo desses produtos e o agravamento da doença permanece relevante.
Exemplos
Alimentos ultraprocessados são formulações industriais compostas por ingredientes como corantes, aromatizantes, emulsificantes e outros aditivos utilizados para alterar características sensoriais como sabor, textura e aparência.
Entre os exemplos mais frequentes, estão refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos industrializados, embutidos, refeições prontas congeladas e cereais matinais adoçados.
Além de apresentarem alto valor calórico e baixo teor nutricional, esses produtos estão associados a diferentes problemas de saúde, incluindo distúrbios metabólicos e doenças inflamatórias. No caso de pessoas com psoríase, o consumo habitual pode representar um fator de risco adicional para o aparecimento de lesões cutâneas e agravamento dos sintomas.
Evidências científicas
Uma pesquisa conduzida na França entre 2021 e 2022 analisou informações de mais de 18 mil adultos. O estudo observou uma ligação significativa entre o alto consumo de alimentos ultraprocessados e o aumento da frequência das crises de psoríase.
Os resultados se mantiveram consistentes mesmo após o controle de variáveis como idade, índice de massa corporal, ingestão de álcool e presença de comorbidades.