No último mês de junho, uma agência do Santander em Vila Matilde, na zona leste de São Paulo, foi fechada pelo sindicato dos bancários. A denúncia era de que a agência operava com apenas um funcionário, evidenciando o contínuo fechamento de agências físicas por parte do banco.
O fechamento das agências faz parte de uma estratégia nacional do Santander para reduzir custos. Entre 2019 e 2024, 280 agências foram encerradas, conforme informam dados do SintraMog.
A prática inclui a terceirização de postos de trabalho, uma questão debatida em audiências públicas em Brasília. A digitalização dos serviços e a centralização em maiores centros urbanos foram as justificativas do banco.
Repercussões para bancários e clientes
Trabalhar com apenas um funcionário em toda a agência expõe inúmeros desafios. Para os bancários, há uma sobrecarga e riscos trabalhistas significativos.
Já os clientes, especialmente os idosos e aqueles com acesso limitado à tecnologia, enfrentam dificuldades para obter atendimento. Essa política de fechamento causa superlotação nas agências restantes e impacta a qualidade dos serviços oferecidos.
Terceirização
A estratégia do Santander de terceirizar funções bancárias levanta questões sobre os direitos trabalhistas. A prática, considerada fraudulenta por sindicatos, fragmenta a categoria e enfraquece a posição dos trabalhadores em acordos coletivos.
A transferência para empresas com classificação diferente (CNAEs) altera significativamente a dinâmica dos direitos dos funcionários, conforme denunciado por representantes sindicais.