Uma nova medida do governo federal promete tornar carros populares mais acessíveis nos próximos meses. O programa Carro Sustentável, que será lançado em breve, prevê redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos fabricados no Brasil que atendam critérios de eficiência energética, reciclabilidade, combustível e potência.
O incentivo integra o programa Mover, voltado à transição verde da indústria automotiva, e vai beneficiar modelos com motor 1.0 flex, até 90 cavalos de potência, com baixa emissão de poluentes — até 83 g de CO₂ por quilômetro rodado.
Ficam excluídos do benefício:
- Carros com motor turbo, mesmo que sejam 1.0;
- Modelos eletrificados ou 100% elétricos, por serem, em sua maioria, importados;
- Veículos que não atendam os critérios ambientais ou de reciclabilidade.
Mesmo o BYD Dolphin Mini, que teve uma unidade montada no Brasil, não entra na conta — a produção nacional ainda não foi oficialmente iniciada.
Carros que devem ficar mais baratos
Com base nos critérios definidos pelo governo, os seguintes 10 modelos populares estão entre os principais candidatos à redução de preço:
- Chevrolet Onix (MT e LT) – até 82 cv
- Chevrolet Onix Plus (MT e LT) – até 82 cv
- Citroën Basalt (Feel) – até 75 cv
- Citroën C3 (Live, Live Pack e Feel) – até 75 cv
- Fiat Argo (1.0 e Drive) – até 77 cv
- Fiat Cronos (Drive 1.0) – até 75 cv
- Fiat Mobi (Like e Trekking) – até 74 cv
- Hyundai HB20 (Comfort e Limited) – até 80 cv
- Hyundai HB20S (Comfort e Limited) – até 80 cv
- Peugeot 208 (Active e Style) – até 75 cv
Esses modelos reúnem as exigências do programa: são produzidos no Brasil, movidos a etanol e gasolina, possuem baixa potência e são voltados ao público de entrada.
Vigência e impacto
O benefício fiscal deve vigorar até dezembro de 2026, englobando o período eleitoral de 2026. A expectativa é que, assim como o programa do carro popular de 2023, a medida contribua para aumentar as vendas e renovar a frota nacional com veículos mais eficientes e menos poluentes.
A redução de preços deverá beneficiar tanto consumidores pessoa física quanto empresas. A definição sobre os percentuais exatos de corte no IPI e o início da vigência do programa deve ser anunciada nos próximos dias pelo governo federal.