Mix Conteúdos Digitais
  • Início
  • Últimas Notícias
  • Contato
  • PUBLICIDADE LEGAL
Mix Conteúdos Digitais
Sem resultados
Ver todos os resultados
Mix Conteúdos Digitais
Sem resultados
Ver todos os resultados

Trabalhadores estão usando tática para serem demitidos e ainda receberem bolada financeira

Por Pedro Silvini
12/07/2025
Em Geral
0
Pessoa Trabalhando

(Reprodução/Dreamstime)

O comportamento conhecido como “demissão silenciosa” (ou quiet quitting, em inglês) voltou ao centro do debate após trabalhadores japoneses adotarem a estratégia como forma de garantir rescisões vantajosas sem pedir demissão formalmente. A prática, que teve origem nos Estados Unidos em 2022, é marcada por uma postura de mínima entrega no ambiente de trabalho: os funcionários cumprem apenas o que está descrito em seus contratos, recusando-se a assumir tarefas extras ou responsabilidades informais.

No Japão, a tendência vem ganhando força, especialmente entre profissionais mais jovens. Segundo pesquisa do Mynavi Career Research Lab com 3 mil trabalhadores entre 20 e 59 anos, 45% afirmaram estar fazendo o mínimo possível no trabalho. Na faixa dos 20 anos, esse índice é ainda maior. O fenômeno tem se tornado uma forma indireta de pressionar o empregador a demitir o funcionário — o que, pelas regras trabalhistas locais, dá direito a compensações financeiras, diferentemente da demissão voluntária.

“Não é preguiça, é redefinição de limites”

Embora alguns críticos, como o planejador financeiro Brent Wilsey, classifiquem o comportamento como “preguiça disfarçada”, especialistas defendem que o movimento reflete uma reavaliação das prioridades de vida e do equilíbrio entre trabalho e saúde mental. De acordo com a BBC, Katie Bailey, professora de trabalho e emprego no King’s College de Londres, a pandemia foi decisiva para essa mudança de mentalidade.

A intenção: mostrar que é possível romper com a cultura do excesso de entrega sem perder o emprego — e, com sorte, ser demitido e ainda receber a indenização trabalhista.

Um protesto silencioso que se tornou status quo

Apesar de o termo “quiet quitting” ter perdido espaço nas redes desde seu pico de buscas em agosto de 2022, o comportamento segue presente, ainda que sem rótulo. Dados do instituto Gallup mostram que seis em cada dez trabalhadores no mundo estão psicologicamente desligados do trabalho, mesmo cumprindo a jornada contratual.

A prática se tornou comum especialmente em contextos de inflação alta e instabilidade econômica, nos quais perder o emprego por iniciativa própria pode significar abrir mão de direitos trabalhistas e compensações financeiras.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

Próximo post
europa mapa

Conheça a verdadeira “Europa brasileira”: motivo vai te surpreender

Confira!

gatos pelo malhado

Não quer brincar: o que significa quando seu gato te acorda de madrugada, segundo especialistas

27/09/2025
Foto: Prefeitura de Votuporanga

Brasileiros têm até 30/09 para solicitar desconto no IPTU

27/09/2025
alimento

Essa é quantidade ideal de proteínas que devemos comer todos os dias

27/09/2025
  • Contato

Diário do Comércio | Mix

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Contato

Diário do Comércio | Mix