O céu será tomado por um eclipse solar total que promete ser o mais longo do século 21. Durante 6 minutos e 23 segundos no dia 2 de agosto de 2027, o Sol desaparecerá completamente atrás da Lua, mergulhando partes da Terra em escuridão plena em pleno meio-dia — um fenômeno que não se repetirá em condições semelhantes até 2114.
A melhor observação do eclipse será possível no deserto do Egito, a cerca de 40 km da cidade de Luxor, onde a duração da totalidade atingirá seu ápice. Outras regiões privilegiadas incluem Cádiz e Málaga, na Espanha, e Tânger e Tetuão, no Marrocos, que terão cerca de 4 minutos de escuridão total. Na Líbia e em Benghazi, o eclipse durará aproximadamente 5 minutos.
Os eclipses solares totais ocorrem quando a Lua se posiciona perfeitamente entre a Terra e o Sol, cobrindo completamente o disco solar. Porém, a duração da escuridão total depende de uma combinação rara de fatores, como distância entre a Terra e a Lua, posição do observador na Terra e condições atmosféricas.
O eclipse de 2027 será tão especial por reunir essas condições ideais, oferecendo uma visão prolongada e clara — um privilégio que só voltará a acontecer daqui a quase 90 anos.
Rota da sombra atravessa três continentes
A trajetória da sombra da Lua passará por diversos países:
- Europa: sul da Espanha
 - África: Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Somália
 - Ásia: Arábia Saudita e Iêmen
 - Oceano Índico: onde o eclipse terminará
 
Uma versão parcial do fenômeno poderá ser vista em grande parte da Europa, norte e leste da África e oeste da Ásia, proporcionando uma visão incompleta, mas ainda impressionante.
Turismo astronômico e ciência de alto nível
O evento já movimenta o setor de turismo científico. Cruzeiros especializados, como o da embarcação de expedição Douglas Mawson, estão organizando viagens de luxo com foco na observação do eclipse, combinando paisagens mediterrâneas com workshops de astronomia, palestras com especialistas e visitas a cidades históricas de Espanha e Marrocos.
Segundo a NASA, trata-se do eclipse mais duradouro desde 2009, e a expectativa é de uma cobertura global intensa, tanto pela comunidade científica quanto por viajantes e entusiastas do céu.
			



