A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta semana a proibição da venda e distribuição de um lote de champignon em conserva da marca Imperador — ingrediente popular em pratos como o strogonoff. A decisão revoltou consumidores nas redes sociais, principalmente pela frequência com que o alimento é utilizado nas casas brasileiras.
De acordo com a Anvisa, o lote 241023CHI, com validade até outubro de 2026, apresentou níveis excessivos de dióxido de enxofre, substância usada como conservante, mas que pode causar reações adversas, como dores abdominais, náuseas, alergias e complicações respiratórias em pessoas sensíveis.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho. O produto, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre, deverá ser recolhido do mercado e não pode ser consumido, distribuído nem comercializado.
A marca Imperador informou, em nota, que tomou conhecimento da decisão e iniciou o recolhimento imediato do lote afetado, além de investigar internamente o ocorrido. Consumidores podem entrar em contato com o SAC da empresa pelo e-mail: [email protected].
Outras proibições envolvem molho de alho, polpa de fruta e azeite
O champignon não foi o único produto vetado. A Anvisa também suspendeu a venda de:
- Molho de alho da marca Qualitá (lote 29): detectados 20,4 mg/kg de dióxido de enxofre — também acima do permitido.
- Polpa de morango da marca De Marchi (lote 09437-181): presença de matéria estranha.
- Azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos: produto com origem desconhecida, sem rastreabilidade e reprovado em testes físico-químicos e de rotulagem. Todos os produtos dessa marca estão proibidos de serem fabricados, vendidos ou importados no país.
O dióxido de enxofre (SO₂) é um conservante utilizado para prolongar a validade de alimentos, especialmente enlatados e produtos industrializados. Apesar de permitido em níveis controlados, o excesso pode causar reações adversas, especialmente em pessoas com asma, alergias ou sensibilidade respiratória.
A Anvisa alerta que, nesses casos, o consumo deve ser evitado, e orienta a população a verificar os rótulos dos alimentos e o número dos lotes antes de consumir qualquer produto do tipo.
Se você tem em casa algum dos produtos citados, verifique imediatamente o número do lote impresso na embalagem. Em caso de coincidência com os lotes citados pela Anvisa, não consuma e entre em contato com o fabricante para devolução ou esclarecimento.