Para quem gosta de contemplar o céu, julho será um mês movimentado e promissor. Entre os diversos eventos astronômicos previstos — como conjunções planetárias, fases da Lua e o afélio da Terra —, o destaque vai para duas importantes chuvas de meteoros: as Delta-Aquáridas do Sul e os Alfa Capricornídeos.
Ambos os fenômenos poderão ser vistos a olho nu, desde que o observador esteja em locais afastados da poluição luminosa e tenha disposição para madrugar. A recomendação é evitar o uso de celulares e lanternas durante a observação, para que os olhos se adaptem melhor à escuridão.
Delta-Aquáridas do Sul: pico em 30 de julho
Essa é a principal chuva de meteoros visível no Brasil neste mês. A atividade começou em 12 de julho e segue até 23 de agosto, mas o pico ocorre na madrugada do dia 30. A expectativa é de até 20 meteoros por hora em regiões com pouca iluminação artificial.
O fenômeno poderá ser observado com mais clareza entre 2h e 4h da manhã, especialmente nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná.
Os meteoros dessa chuva são conhecidos por serem rápidos, tênues e com rastros curtos, o que exige atenção redobrada para não perder nenhum deles.
Alfa Capricornídeos: bólidos luminosos em destaque
Também ativa durante julho, a chuva dos Alfa Capricornídeos vai de 3 de julho a 15 de agosto, com pico previsto para o dia 29. Apesar de apresentar apenas cinco meteoros por hora, esse fenômeno é bastante valorizado por produzir bólidos, ou seja, meteoros muito brilhantes, com rastros longos e persistentes no céu.
Ela pode ser observada em todo o país, com visibilidade maior nas regiões Sul e Sudeste, principalmente entre 1h e 4h da madrugada.
Outras chuvas em atividade
Além das Delta-Aquáridas e Alfa Capricornídeos, o céu de julho também conta com outras chuvas menos intensas, como:
- Alfa Cígnidas: entre 4 e 14 de julho, com pico no dia 9. A taxa é baixa (3 a 5 meteoros por hora), com melhor visibilidade no Norte e Nordeste, após as 3h.
- Pisces Austrinids: ativos de 7 a 29 de julho, com pico no dia 27. Possuem taxa muito baixa no Hemisfério Sul e são difíceis de observar.