Uma das áreas mais afetadas pelas mudanças climáticas é a da saúde. Segundo o The Conversation, um estudo recente revela que frequentes secas, enchentes, desmatamentos e outros problemas ambientais estão alterando silenciosamente o cenário da saúde na Amazônia, com destaque para o aumento de casos da Doença de Chagas.
Publicado recentemente na Medical and Veterinary Entomology, um estudo de pesquisadores brasileiros em parceria com a Universidade de Bristol, na Inglaterra, afirma que o aquecimento global deve facilitar a expansão dos barbeiros, principais vetores da doença, para novas áreas.
De acordo com o The Conversation, a Doença de Chagas é considerada endêmica na América Latina, atribuída às áreas rurais e populações com condições de vida precárias.
Doença de Chagas
Segundo o Ministério da Saúde, a doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Como já comentamos, o principal vetor da doença é o inseto conhecido como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo.
A doença é dividida em uma fase aguda e crônica. Na aguda, os principais sintomas:
- febre prolongada (mais de 7 dias);
- dor de cabeça;
- fraqueza intensa;
- inchaço no rosto e pernas;
- lesão semelhante a um furúnculo no local da picada.
Depois da fase aguda, sem o tratamento adequado, a pessoa pode desenvolver a fase crônica da doença, que inicialmente não tem sintomas, mas que pode apresentar complicações com o passar dos anos, como:
- problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;
- problemas digestivos, como megacólon e megaesôfago.
A principal prevenção contra a Doença de Chagas é combater a proliferação do barbeiro usando inseticidas residuais em áreas de riscos. Nesses locais, o ministério também recomenda medidas de proteção individual, como repelentes e roupas de mangas longas, além de mosquiteiros ou telas metálicas nas casas.