Uma pesquisa da Universidade Yonsei na Coreia do Sul revelou que certas dietas podem reduzir significativamente o risco de demência. Realizada entre 131 mil participantes do UK Biobank, a pesquisa explorou o impacto de quatro dietas: mediterrânea, MIND, Recommended Food Score (RFS) e Alternative Healthy Eating Index (AHEI). Os resultados indicaram um potencial de redução de risco em até 28%.
Os cientistas estudaram essas quatro dietas específicas e descobriram suas características comuns. Cada uma delas enfatiza o consumo de alimentos integrais, frutas frescas, vegetais variados, nozes, peixes e aves.
Essa abordagem alimentar possui potencial anti-inflamatório, essencial para a saúde cerebral. Em contrapartida, dietas com altos teores de alimentos ultraprocessados e carne vermelha foram associadas a um aumento de 30% no risco de demência.
A dieta MIND, uma fusão das dietas mediterrânea e DASH, merece destaque por seu impacto positivo no declínio cognitivo. Estudos anteriores indicam uma redução de 25% no risco de Alzheimer para quem adere fielmente a ela. O foco em grãos integrais e azeite extravirgem destaca-se como um componente chave na prevenção dessa doença.
Variações entre grupos étnicos
Os efeitos das dietas variam em diferentes grupos, sendo especialmente benéficas para adultos mais velhos e mulheres. A pesquisa sugere que as respostas variam de acordo com etnias e condições de saúde, destacando a importância de personalizar intervenções dietéticas.
Além disso, evidências sugerem que a dieta pode impactar o microbioma intestinal, influenciando diretamente a saúde cognitiva.
O estudo, embora não apresente uma cura definitiva para a demência, reafirma a importância dos hábitos alimentares saudáveis. A adoção de dietas com propriedades anti-inflamatórias tem um papel promissor na prevenção.