Nesta sexta-feira, dia 11, cientistas da Universidade de Durham, no Reino Unido, divulgaram um estudo sugerindo que a Via Láctea pode estar cercada por até 100 galáxias ocultas, quase invisíveis aos telescópios atuais.
Estas “galáxias fantasmas” seriam extremamente tênues devido à perda massiva de matéria escura, causada pela atração gravitacional da nossa própria galáxia. Este fenômeno torna difícil a sua detecção pelos equipamentos de observação convencionais.
As galáxias ocultas são versões reduzidas das galáxias conhecidas e teriam perdido grande parte de sua matéria escura. Isso acontece porque a atração gravitacional da Via Láctea “puxa” essas substâncias invisíveis que mantêm estas estruturas coesas. O resultado é uma redução significativa tanto em tamanho quanto em brilho, o que as torna difíceis de detectar.
A investigação sobre as galáxias anãs é relevante porque, embora algumas tenham sido identificadas em órbita da Via Láctea anteriormente, sempre em número inferior ao previsto pelas teorias cosmológicas. Este estudo, portanto, aponta para a possibilidade de muitas outras ainda não descobertas.

Tecnologia por trás das descobertas
A previsão da existência dessas galáxias quase invisíveis só foi possível graças à utilização de supercomputadores e modelos matemáticos avançados. Esses recursos tecnológicos permitiram aos pesquisadores criar simulações que indicam a presença de cerca de 100 galáxias anãs orbitando a Via Láctea.
Os supercomputadores são essenciais para simular interações de matéria escura e prever a formação de galáxias. Assim, possibilitam uma visão mais clara sobre o universo e suas complexas interações dinâmicas, algo que complementa as observações feitas com telescópios.
Os cientistas apostam em telescópios de nova geração, como o Observatório Rubin nos Estados Unidos, para validar essas previsões e capturar essas galáxias fantasmas.