A partir de 2026, famílias americanas com filhos de até 17 anos poderão receber US$ 2.200 (cerca de R$ 12.260) por dependente no Child Tax Credit (CTC), benefício fiscal concedido anualmente pelo governo dos Estados Unidos. O aumento de US$ 200 no valor do crédito representa um incremento de R$ 1.112,20 por criança, com base na cotação atual do dólar.
O reajuste foi oficializado com a sanção do One Big Beautiful Bill Act, assinada pelo ex-presidente Donald Trump no dia 4 de julho. A nova lei torna permanente a ampliação do CTC, que havia sido provisoriamente elevada para US$ 2.000 em 2017.
Quem tem direito?
O benefício é válido para contribuintes com filhos ou dependentes menores de 17 anos, desde que:
- A criança tenha número válido da Segurança Social (Social Security Number);
- Um dos responsáveis também tenha número de Segurança Social;
- A criança tenha morado com o contribuinte por pelo menos seis meses no ano fiscal;
- A renda do contribuinte não ultrapasse US$ 200 mil (ou US$ 400 mil em caso de declaração conjunta).
O valor do crédito será reduzido progressivamente em 5% para cada US$ 1.000 acima desses limites.
O que muda com a nova regra?
Além do aumento no valor de US$ 2.000 para US$ 2.200, a nova versão do CTC será corrigida anualmente pela inflação, garantindo maior poder de compra às famílias no longo prazo. No entanto, a lei também endurece critérios de elegibilidade, especialmente para famílias imigrantes e de baixa renda.
De acordo com o Center on Poverty and Social Policy, 19 milhões de crianças deixarão de receber o valor total do crédito com as novas regras — um aumento em relação aos 17 milhões excluídos pela legislação atual.
Benefício não chega a todos
Apesar do reajuste, os critérios mais rígidos de elegibilidade devem afetar principalmente crianças:
- De mães solo (60% não receberão o valor integral);
- Negras (45%);
- Latinas (39%);
- Americanas indígenas ou nativas do Alasca (48%);
- Moradoras de zonas rurais (35%).
Além disso, imigrantes sem número de Segurança Social perderão o direito ao benefício, mesmo que as crianças tenham nascido nos EUA e sejam cidadãs.