As profissões mais importantes do mundo até 2030 devem estar diretamente ligadas à tecnologia e à saúde mental, segundo uma pesquisa realizada pela H2R Insights & Trends em parceria com a empresa brasileira de tecnologia Totvs. O estudo ouviu 477 profissionais de diferentes áreas — de estagiários a CEOs — e traçou um panorama sobre o futuro das carreiras no Brasil.
De acordo com os dados, três profissões lideram a lista das mais relevantes até o fim da década:
- Analista e Cientista de Dados: apontada por 33% dos entrevistados, essa função está relacionada à análise e interpretação de grandes volumes de dados, atividade essencial em um cenário de digitalização acelerada e decisões baseadas em métricas.
- Especialista em Saúde Mental: citada por 30% dos participantes, a área ganhou destaque especialmente após a pandemia, refletindo uma demanda crescente por bem-estar emocional nas organizações e na sociedade.
- Especialista em Inteligência Artificial e Machine Learning: também com 30% das menções, essa carreira reflete o avanço da IA no ambiente corporativo e na vida cotidiana, com aplicações que vão desde assistentes virtuais até automação de processos industriais.
Além dessas, outras funções como analista de segurança da informação (27%) e analista de inteligência de negócios (22%) também aparecem entre as mais relevantes, reforçando a tendência de que o futuro do trabalho será fortemente moldado pela tecnologia.
As habilidades mais valorizadas até 2030
O estudo também revelou quais competências técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills) os profissionais consideram essenciais para os próximos cinco anos.
Entre as hard skills, destacam-se:
- Conhecimento em Inteligência Artificial (48%)
- Análise de dados (40%)
- Análise de negócios (26%)
- Gerenciamento de projetos e programação (23%)
- Cibersegurança (20%)
Já entre as soft skills, lideram:
- Inteligência emocional (41%)
- Pensamento analítico e crítico (31%)
- Trabalho em equipe (27%)
- Criatividade (25%)
O impacto da IA no emprego
Apesar das transformações provocadas pela inteligência artificial, o estudo mostra que a maioria dos profissionais não teme a substituição. Cerca de 78% disseram não ter medo do avanço da IA em suas carreiras, e 90% afirmaram que não temem perder o emprego para a tecnologia.
Entre os que demonstraram alguma preocupação, os principais receios são a substituição da mão de obra humana, a perda de contato interpessoal no ambiente de trabalho e uma possível dependência excessiva de sistemas inteligentes.
Quem participou da pesquisa
A amostra foi composta principalmente por profissionais da área de tecnologia (60%), seguidos por marketing e vendas (15%), finanças (13%), recursos humanos (7%) e outras áreas (5%). Do total, 37% ocupam cargos de alta liderança, enquanto 35% são analistas, 17% são coordenadores ou supervisores, 6% são especialistas e **5% são estagiários.
A pesquisa confirma que, nos próximos anos, a interseção entre tecnologia e cuidado humano será determinante para o mercado de trabalho — e os profissionais mais preparados para atuar nessas frentes estarão em posição de destaque.