Depois de anunciar tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, o governo de Donald Trump dos Estados Unidos encontrou mais um motivo para implicar com o país: o Pix. Mas podem se acalmar leitores: o método de pagamento queridinho dos brasileiros não vai a lugar nenhum.
O perfil oficial do governo brasileiro nas redes sociais fez uma publicação bem humorada em defesa do nosso sistema de pagamentos instantâneos: “O Pix é nosso, my friend”, anuncia a publicação, que surgiu como resposta ao fato dos Estados Unidos terem aberto uma investigação comercial contra o Brasil.
Vale lembrar que existem sistemas de pagamento instantâneos por todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos (o FedNow), mas o Pix em si é brasileiro, do Banco Central.
Por que os Estados Unidos estão “implicando” com o Pix?
Como explica a CNN Brasil, o governo dos Estados Unidos abriu um processo de investigação comercial contra o Brasil e o nosso Pix é citado como exemplo em como o governo favorece o país em detrimento de empresas norte-americanas.
“O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo“, afirma relatório do USTR (Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos).
Lá em 2020, antes do Pix entrar nas nossas vidas, o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspenderam pagamentos e transferências por meio do WhatsApp (o WhatsApp Pay) para que pudesse avaliar riscos e garantir o funcionamento adequado da ferramenta da Meta. Em 2023, o WhatsApp Pay voltou… mas todos os brasileiros já tinham se apaixonado pelo Pix.