Já é de conhecimento geral que fumar durante a gravidez é uma péssima ideia, que pode prejudicar (e muito) a formação do feto. Publicado na revista científica PLOS One no final de junho, um estudo recente descobriu uma relação entre o hábito e a má formação do crânio do feto.
O laboratório de biologia do desenvolvimento, comandado por James Cray, professor da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, já estuda há anos quais efeitos a exposição à nicotina pode causar no feto.
A pesquisa mais recente foi feita com camundongos. Camundongos fêmeas durante a gravidez ficavam expostas a ar livre filtrado ou a dois umectantes, que funcionam como transportadores de outros conteúdos do cigarro eletrônico. Essa exposição foi feita por 20 dias em sessões de quatro horas por dia.
Eles descobriram alterações no crânio de filhotes dos camundongos que estavam expostos a mistura com 30% de propilenoglicol e 70% de glicerol. “Observamos um estreitamento consistente de todas as características faciais, e o mesmo ocorre à medida que recuamos para o crânio. Portanto, globalmente, eles estão mais estreitos e com a cabeça um pouco mais curta, o que imita algumas mudanças observáveis que observamos em crianças”, explicou o professor James Cray em comunicado oficial.
Os pesquisadores apontam que esses resultados confirmam que a vaporização sem nicotina continua não sendo segura para humanos, por mais que o hábito de fumar vape seja muitas vezes vendido como uma opção menos danosa.
Fumar durante a gravidez pode causar vários prejuízos ao feto
O tabagismo na gravidez também está associado a um maior risco de defeitos congênitos, parto prematuro, complicações na placenta, problemas respiratórios, entre outros problemas.