O Pé-de-Meia, iniciativa do governo federal, está mudando a vida de milhões de estudantes de baixa renda. Criado para evitar o abandono escolar, o programa funciona como uma poupança educacional e pode render até R$ 9,2 mil ao longo dos três anos do ensino médio.
Somente em 2025, mais de 2 milhões de jovens já foram beneficiados com os incentivos, que ajudam a custear materiais, garantir a presença nas aulas e premiar quem conclui o ano letivo.
Os depósitos são feitos em contas digitais criadas automaticamente no nome do estudante. Parte do dinheiro pode ser movimentada durante o ensino médio, e o restante fica disponível após a conclusão dos estudos.
Os incentivos são divididos em três categorias:
- Incentivo Matrícula: R$ 200 pagos uma vez por ano para estudantes devidamente matriculados;
- Incentivo Frequência: R$ 200 por mês, durante nove meses, para quem mantiver 80% de frequência mínima nas aulas;
- Incentivo Conclusão: R$ 1.000 ao final de cada ano letivo, para alunos aprovados.
Com todos os benefícios somados, o aluno pode acumular mais de R$ 9 mil durante os três anos do ensino médio.
Quem pode receber?
- Jovens entre 14 e 24 anos;
- Matriculados em escolas públicas de ensino médio;
- Famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com prioridade para beneficiários do Bolsa Família.
Não é preciso se inscrever manualmente. O Ministério da Educação cruza os dados do CadÚnico com as redes de ensino, e os pagamentos são liberados automaticamente.
Por que o programa é importante?
O Pé-de-Meia busca combater a evasão escolar, especialmente entre jovens que precisam abandonar os estudos para trabalhar. Com os incentivos, famílias conseguem manter os filhos na escola e garantir melhores perspectivas para o futuro.
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, o objetivo é universalizar o programa a todos os alunos do ensino médio público a partir de 2026, o que exigirá um investimento adicional de R$ 5 bilhões.
“Às vezes, a diferença entre um aluno e outro, dentro da sala de aula, é tão pequena em termos de renda que não justificaria que ele também não recebesse o Pé-de-Meia”, disse o ministro.