Relatos de cobras gigantes engolindo pessoas são confirmados por investigações recentes. Um dos casos mais impactantes ocorreu na Indonésia, onde uma cobra píton de sete metros engoliu uma mulher de 54 anos em junho de 2018.
A píton-reticulada, uma das maiores cobras do mundo, é conhecida por sua habilidade de consumir presas grandes, incluindo humanos. Ataques fatais por cobras píton na Indonésia têm aumentado devido à invasão humana em seus habitats naturais.
A extração de óleo de palma e outras atividades humanas têm fragmentado os habitats dessas serpentes, provocando encontros perigosos em ambientes rurais.
Anatomia das pítons
Cobras constritoras, como as pítons, têm características únicas que lhes permitem engolir presas muito maiores que suas cabeças. As mandíbulas dessas serpentes são ligadas por tecidos elásticos, o que possibilita uma abertura ampla da boca. A flexibilidade das costelas também contribui, permitindo que a cobra envolva suas presas com eficácia.
Essas adaptações fazem com que uma píton possa consumir um humano adulto. O processo de digestão de presas de grande porte pode durar várias semanas, período em que a cobra praticamente não se move. Durante esse tempo, ela metaboliza os nutrientes essenciais da presa.
Ataques raros
Embora raros, ataques de cobras píton a humanos têm efeitos devastadores. A Indonésia, especialmente em plantações de seringueiras e palmas, tem sido palco de incidentes trágicos.
A exploração de habitats naturais para a extração de óleo de palma forçou as cobras a se aproximarem de áreas habitadas, aumentando a frequência de encontros com humanos.
Além disso, os trabalhadores muitas vezes se encontram vulneráveis ao realizar tarefas rotineiras em áreas onde essas cobras habitam. A falta de medidas preventivas e de conscientização contribui para essa vulnerabilidade.