O avanço dos serviços bancários digitais trouxe conveniência, mas também abriu espaço para criminosos. Segundo levantamento divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 39% dos brasileiros já foram vítimas ou sofreram tentativa de golpe financeiro em 2025, a maior taxa registrada desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2021. Entre homens, o índice sobe para 43%, e entre idosos, para 44%.
Os golpes, que vão desde fraudes no Pix até clonagem de cartões, geraram um prejuízo de R$ 10,1 bilhões aos bancos nos últimos dois anos. Somente com fraudes envolvendo o sistema de transferências instantâneas, as perdas aumentaram 43%, alcançando R$ 2,7 bilhões no período.
Os golpes mais comuns em 2025
De acordo com a pesquisa, os golpes mais frequentes relatados pelos correntistas são:
- Clonagem ou troca de cartões – Os criminosos se passam por funcionários de bancos e trocam cartões ou clonam dados em maquininhas adulteradas.
- Golpe do WhatsApp – Nesse tipo de golpe os estelionatários fingem ser amigos ou parentes e pedem dinheiro por mensagens.
- Central falsa – Fraudadores se passam por atendentes de centrais telefônicas para obter dados e senhas.
- Pix falso – Transferências fraudulentas usando recibos falsos ou acessos indevidos a contas.
- Uso indevido de CPF via SMS – Golpistas utilizam dados pessoais para abrir contas e contrair empréstimos.
- Golpes de leilões ou lojas falsas – Sites fraudulentos vendem produtos inexistentes a preços atrativos.
Para enfrentar o problema, a Febraban e o Ministério da Justiça lançaram a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais, que prevê campanhas de conscientização, centralização de canais de denúncia e protocolos unificados para atendimento de vítimas em delegacias.
Segundo o ministro da Justiça, a ação visa reduzir o impacto dos crimes e dar mais segurança aos 36% de brasileiros que foram alvos de golpes ou tentativas em 2024 — especialmente idosos, o grupo mais vulnerável.