A reforma da previdência prevista para 2027 está em discussão no Brasil, buscando resolver questões críticas do sistema previdenciário. Com um déficit previdenciário superior a R$ 300 bilhões relatado em 2023, mudanças são estratégicas para assegurar a sustentabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A reforma propõe ajustes importantes, com previsão de implementação em 2027, para enfrentar desafios econômicos e demográficos.
A reforma visa equalizar a idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres. Atualmente, homens se aposentam aos 65 anos e mulheres aos 62. A expectativa de vida aumenta continuamente, justificando essa revisão.
Além disso, a reforma busca desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo, pois 70% deles estão indexados ao piso salarial, elevando as despesas orçamentárias.
Outros ajustes podem incluir a revisão das contribuições do Benefício de Prestação Continuada (BPC). As modificações pretendem garantir que os recursos estejam alinhados às necessidades crescentes do sistema previdenciário.
Particularmente, as contribuições de microempreendedores individuais são consideradas insuficientes, exigindo transformação para equilibrar o sistema.
Impactos econômicos
Atualmente, o sistema previdenciário brasileiro consome cerca de 50% das receitas federais. O envelhecimento da população agrava essa situação: em 2023, 15,6% dos brasileiros tinham 60 anos ou mais, e projeta-se que essa parcela alcancará 37,8% até 2070. A expectativa de vida já é de 76,4 anos, com previsões de aumento.
A informalidade no mercado de trabalho também é um fator crítico. Estima-se que aproximadamente 13,4 milhões de brasileiros trabalham informalmente, o que significa que não contribuem para a previdência. Isso, junto aos valores reduzidos que microempreendedores individuais pagam, afeta negativamente a arrecadação.