A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta quarta-feira (23/7), a suspensão imediata da venda, distribuição e uso de oito lotes do suplemento D-Ômega, uma combinação de ômega 3 e vitamina D, fabricado pela DVN Pharma, empresa controlada pela Divina Distribuidora de Vitaminas Naturais Ltda. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e tem efeito imediato em todo o país.

A medida foi adotada após o próprio fabricante identificar um erro grave na declaração do prazo de validade nos rótulos dos produtos e notificar a Anvisa. Embora o recolhimento seja voluntário, a agência determinou a retirada dos lotes do mercado como forma de proteger os consumidores, destacando que a ingestão de suplementos com validade incorreta pode representar sérios riscos à saúde.
Segundo a Anvisa, produtos que contêm ácidos graxos, como o ômega 3, estão especialmente sujeitos à oxidação quando expostos a más condições de armazenamento ou após o vencimento. A degradação desses compostos pode gerar substâncias tóxicas, que comprometem a segurança do consumo e podem causar danos ao organismo, incluindo inflamações e distúrbios metabólicos.
Os lotes afetados pela decisão são: 706200124, 706200225, 706200325, 706200425, 706200525, 706800125, 706800225 e 706800325. Quem adquiriu unidades pertencentes a essas séries deve interromper imediatamente o uso e entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da DVN Pharma para orientações sobre devolução, substituição ou reembolso.
Crescimento das fiscalizações em 2025
A suspensão do D-Ômega ocorre em meio a uma série de ações de fiscalização intensificadas pela Anvisa em 2025. Somente neste ano, mais de 100 produtos alimentícios e suplementos foram suspensos, proibidos ou recolhidos por apresentarem riscos à saúde. Entre as irregularidades mais comuns estão falsificações, uso de substâncias não autorizadas, contaminação bacteriana, ausência de registro sanitário e propagandas enganosas.
A lista inclui desde suplementos populares, como whey protein e vitaminas, até produtos de uso cotidiano, como cafés, azeites, polpas de frutas, molhos e temperos. A Anvisa recomenda que os consumidores verifiquem sempre o número de registro nos rótulos, desconfiem de preços muito abaixo do mercado e evitem produtos que prometem efeitos terapêuticos não comprovados.
Outras suspensões
Além do D-Ômega, a Anvisa também proibiu recentemente a venda e uso de três lotes do medidor de glicose OK PRO, fabricado pela Biomolecular Technology. A decisão foi motivada por inconsistências em testes realizados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, que identificaram falhas na rotulagem e problemas de precisão dos aparelhos.
Consumidores que adquiriram o suplemento ou o dispositivo devem buscar orientação para substituição ou reembolso com base no Código de Defesa do Consumidor. A lista completa dos itens proibidos está disponível no portal oficial da Anvisa.