Bruce Willis, um dos atores mais icônicos de Hollywood, vive um dos capítulos mais difíceis de sua vida após ser diagnosticado com demência frontotemporal (DFT), uma doença neurodegenerativa rara e incurável que afeta linguagem, comportamento e, em estágios avançados, funções motoras. Diagnosticado inicialmente com afasia em 2022 — distúrbio que causa dificuldades para falar e escrever —, o ator se afastou definitivamente das telas, encerrando uma carreira de mais de quatro décadas.
Em 2023, a família confirmou o diagnóstico definitivo de DFT, condição que geralmente se manifesta entre os 45 e 65 anos e compromete áreas do cérebro relacionadas à personalidade e comunicação, ao contrário do Alzheimer, que afeta primeiramente a memória. A doença pode evoluir para rigidez muscular, perda de coordenação e dificuldades para andar, impactando severamente a autonomia do paciente.
De acordo com o jornal The Express Tribune, Willis estaria atualmente quase totalmente sem fala, sem conseguir ler e com limitações motoras significativas. Embora a família evite confirmar detalhes sobre a gravidade do quadro, a esposa, Emma Heming Willis, já descreveu a luta diária contra a doença como “devastadora, mas cercada por amor e união familiar”.
Uma luta que vai além do ator
Emma Heming, ao lado das filhas Mabel (12) e Evelyn (10), e das enteadas Rumer, Scout e Tallulah — frutos do casamento anterior de Willis com Demi Moore —, tem usado entrevistas e redes sociais para conscientizar o público sobre a DFT. “É chamada de ‘doença familiar’ porque não afeta apenas o paciente, mas todos ao redor. Não queria que o diagnóstico de Bruce nos levasse com ele”, disse Emma em 2024, durante a Semana Mundial de Conscientização sobre DFT.
Ex-esposa e amiga próxima, Demi Moore também falou sobre o estado do ator em uma entrevista à CNN, afirmando que ele está “estável, o que, neste contexto, é uma boa notícia”. Já Tallulah Willis, em um relato emocionado, revelou que perceber a perda gradual do pai em momentos familiares, como casamentos, foi “arrasador”, mas que a experiência a ensinou “a valorizar cada instante juntos”.
Conscientização e tratamento
Sem cura, a DFT é tratada com terapias que reduzem os impactos no dia a dia, como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, visando preservar a qualidade de vida e amenizar sintomas como apatia, dificuldades de fala e alterações comportamentais. O caso de Bruce Willis tem ajudado a dar visibilidade mundial à doença, que, embora rara, é a forma mais comum de demência em pessoas com menos de 60 anos.
Bruce Willis completou 70 anos em março de 2025, celebrando ao lado da família e recebendo uma onda de homenagens de fãs e colegas de Hollywood. Apesar do quadro progressivo, seus familiares continuam compartilhando memórias e atualizações, agradecendo o apoio global enquanto enfrentam, juntos, os desafios impostos por essa doença devastadora.