O Vírus Sincicial Respiratório (VSR), tradicionalmente associado a crianças, atualmente representa uma preocupação crescente entre os idosos no Brasil. Neste mês de julho, a Sociedade Brasileira de Infectologia alertou para o aumento dos casos de pneumonia em indivíduos com 60 anos ou mais, devido ao VSR.
A circulação intensa do vírus, comumente confundida com gripes e resfriados, mostra-se particularmente crítica em pessoas com comorbidades, como doenças cardiovasculares e diabetes.
Um estudo realizado de 2013 a 2023 avaliou mais de 3.000 idosos internados por pneumonia, identificando que casos graves estavam frequentemente associados a comorbidades.
Isso elevou as taxas de internação em UTI e mortalidade. A necessidade de testagem e diagnóstico precisos torna-se essencial, especialmente nas unidades de saúde pública, onde a subnotificação é uma preocupação crítica.
Ameaça à saúde pública
Estatísticas recentes indicam que, no primeiro semestre de 2025, o VSR foi responsável por 45% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Este dado alarmante supera a incidência de outros vírus respiratórios, sinalizando a necessidade iminente de políticas públicas eficazes.
A carência de diagnósticos diferenciais entre VSR e outras infecções respiratórias comuns pode resultar em tratamento inadequado para idosos, aumentando assim o risco de complicações graves como a pneumonia.
Vacinação
A vacinação contra o VSR é uma estratégia vital para proteção contra complicações graves. Apesar da ausência de um programa amplo de vacinação pública para idosos contra o VSR no Brasil, vacinas como Arexvy® e Abrysvo® são opções disponíveis no mercado.
Estas vacinas mostraram-se eficazes na prevenção de doenças do trato respiratório inferior, associadas ao VSR, especialmente em idosos com comorbidades.