Os carros elétricos ganham cada vez mais espaço nas ruas brasileiras. Só em 2025, 30,6 mil veículos 100% elétricos foram registrados no país, e, somando-se os modelos híbridos, o número sobe para 112 mil unidades. Com a popularização dos eletrificados, cresce também a curiosidade sobre o custo de recarregar a bateria, especialmente em tempos de transição energética.
A boa notícia? Carregar um carro elétrico é bem mais barato do que abastecer um a combustão.
Quanto custa carregar um carro elétrico em casa?
A maneira mais econômica de carregar um carro elétrico no Brasil é em casa. Usando o exemplo do BYD Dolphin, o elétrico mais vendido no país, com bateria de 44,9 kWh, o custo para recarga total em uma residência de São Paulo (com tarifa média de R$ 1 por kWh) é de aproximadamente R$ 45.
Esse valor garante uma autonomia de 291 km, segundo o Inmetro. Em comparação, um carro a combustão como o Renault Kwid, o mais eficiente do país, consumiria cerca de R$ 106 em gasolina para percorrer a mesma distância — uma diferença significativa.
💡 Dica: Especialistas explicam que raramente se recarrega de 0% a 100%. A maioria dos motoristas elétricos opera a bateria entre 20% e 80%, o que prolonga sua vida útil e reduz o tempo de espera.
E em estações públicas? Veja os preços por kWh
Se optar por recarregar em eletropostos públicos, os preços variam conforme a empresa e a potência do carregador:
Tupinambá e Shell Recharge (SP)
- Carregadores de até 22 kW: gratuitos ou tarifados conforme o local
- Carregadores rápidos de 50 kW: entre R$ 1,50 e R$ 1,95 por kWh
EzVolt
- Carregadores lentos (7 kW): R$ 1,77 por kWh
- Carregadores rápidos (60 kW): R$ 1,97 por kWh
Apesar da tendência de fim da gratuidade nos eletropostos, o custo ainda fica abaixo do abastecimento com combustíveis fósseis.
Tempo de carregamento e consumo real
A velocidade da recarga depende da potência do equipamento:
- Carregador portátil (3,3 kW): 7 horas para carregar de 30% a 80% da bateria
- Wallbox residencial (6,6 kW): 3h30 para o mesmo intervalo de carga
Mesmo com o avanço de tarifas em estações públicas, a recarga doméstica continua sendo a alternativa mais econômica. Com os avanços no setor, espera-se que novos eletropostos e modelos de cobrança aumentem a acessibilidade à mobilidade elétrica no país.
Além de mais barata, a recarga elétrica é também mais eficiente e sustentável, com impacto ambiental reduzido e menor dependência de combustíveis fósseis.