A rápida evolução tecnológica e o desejo por dispositivos cada vez mais modernos fazem com que a troca de celulares aconteça com frequência. De acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, realizada em junho de 2024, 30% dos brasileiros trocam de smartphone a cada dois anos, enquanto 28% fazem isso a cada três anos. Ainda assim, 48% afirmam ter intenção de comprar um novo aparelho nos próximos 12 meses.
No entanto, especialistas afirmam que é possível prolongar a vida útil dos celulares para cinco anos ou mais com atitudes simples — o que representa uma economia significativa e uma contribuição importante para o meio ambiente.
Trocar menos, impactar menos
A substituição constante de celulares gera não apenas gastos elevados, mas também grande volume de resíduos eletrônicos, difíceis de reciclar. Nesse cenário, práticas sustentáveis e conscientes tornam-se essenciais.
De acordo com a empresa Certideal, especializada em smartphones recondicionados, a durabilidade dos aparelhos pode ser ampliada com ações como:
- Substituição da bateria, em vez da troca do aparelho;
- Limpeza de aplicativos desnecessários que sobrecarregam o sistema;
- Atualização regular do sistema operacional, mantendo o desempenho e a segurança;
- Reparos pontuais, como troca de tela ou botões danificados;
- Uso de capinhas e películas protetoras para evitar danos físicos.
O que mais influencia na troca?
Entre os fatores decisivos na hora de adquirir um novo celular, os brasileiros apontam:
- Capacidade de processamento: 28%
- Memória: 24%
- Duração da bateria: 15%
- Qualidade da câmera: 13%
- Design, tela grande e 5G tiveram pouca influência
Mesmo com o desejo de trocar de aparelho, 29% dos entrevistados dizem que não há necessidade no momento, enquanto 12% não têm recursos financeiros para a troca. Outros 11% ainda não decidiram.
Aparelhos guardados ou revendidos
Um dado curioso é que 63% dos entrevistados mantêm ao menos um celular antigo guardado em casa, com média de 1,7 aparelho por pessoa. Já 48% afirmam ter vendido um celular usado, enquanto apenas 7% adquiriram seu atual aparelho de segunda mão.
A pesquisa ainda aponta que 90% dos entrevistados compraram o aparelho atual novo, e apenas 10% receberam um modelo usado. Na hora da compra, lojas físicas (45%) e canais online (49%) dividem a preferência dos consumidores.
Com a percepção crescente dos consumidores sobre a durabilidade dos dispositivos, fabricantes têm prolongado o suporte e as atualizações de sistema. Um exemplo é a linha Galaxy S24, da Samsung, que oferece sete atualizações do Android — algo que até pouco tempo atrás era incomum no setor.