Nos Estados Unidos, o governo de Donald Trump está avaliando a implementação de um bônus de até US$ 5 mil por criança (cerca de R$ 27 mil) para encorajar as famílias a terem mais filhos. Essa proposta foi destacada inicialmente pelo New York Times, surgindo em um cenário de declínio nas taxas de natalidade do país.
O incentivo financeiro busca reverter a contínua queda nas taxas de natalidade nos EUA, que, em 2023, foram de 10,70 nascimentos por 1.000 habitantes, atingindo o menor nível desde 1979. Essa queda preocupa especialistas, pois implica uma redução na força de trabalho e pressiona as redes de seguridade social.
A administração Trump, com apoio de figuras como o vice-presidente JD Vance, acredita que fomentar famílias maiores pode revitalizar a economia e os valores tradicionais.
Propostas em análise
Além do bônus, outras propostas em análise incluem a reserva de 30% das bolsas Fulbright para candidatos casados ou com filhos e a melhoria na acessibilidade à fertilização in vitro (FIV). Essas ideias são parte de um esforço para promover o aumento das famílias nos EUA.
No entanto, sua implementação está sujeita a aprovação legislativa, o que representa um desafio significativo.
O governo também considera educação em fertilidade natural, alinhando-se com grupos conservadores que valorizam alternativas menos invasivas. No entanto, essas medidas geram debates, especialmente pela exclusão de diversos arranjos familiares, como casais LGBTQIA+ e mães solteiras.
Desafios
Apesar da intenção de implementar essas propostas, existem desafios claros. A dependência da aprovação pelo Congresso e as críticas sobre a visão tradicionalista de família são obstáculos significativos.
Além disso, a questão do financiamento para a FIV ainda divide opiniões entre conservadores, com alguns se opondo ao procedimento por razões religiosas.