Eve Jobs, filha mais nova do cofundador da Apple, Steve Jobs, chamou atenção recentemente ao se casar com o cavaleiro olímpico Harry Charles, em uma cerimônia milionária realizada no interior da Inglaterra. O evento, descrito pelo New York Times como “o ápice do luxo silencioso”, reuniu nomes da elite da tecnologia, atletas e celebridades, incluindo a ex-vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.
Apesar do glamour, Eve não herdou parte dos cerca de US$ 10 bilhões deixados por Steve Jobs. A maior parte do patrimônio foi destinada à viúva, Laurene Powell Jobs, e a Lisa Brennan-Jobs, filha do primeiro relacionamento do empresário. Os outros três filhos — Reed, Erin e Eve — não receberam herança, decisão que Laurene justificou como uma forma de incentivar a independência financeira e evitar a criação de um “legado de riqueza” familiar.

Em entrevistas anteriores, Laurene afirmou não acreditar que grandes fortunas devam ser repassadas por gerações, optando por direcionar recursos para projetos filantrópicos. Ela destacou que os filhos receberam acesso à melhor educação e terão condições de construir suas próprias carreiras.
Mesmo sem herança direta, Eve Jobs mantém um estilo de vida luxuoso. Formada pela Universidade Stanford, ela atua como modelo e se destaca em competições equestres internacionais. A cerimônia de casamento contou com apresentações de Elton John e Kaytranada, além de recepção exclusiva em um clube de campo britânico. A lua de mel aconteceu a bordo do superiate Venus, avaliado em US$ 120 milhões, de propriedade de Laurene.
A filosofia por trás da decisão
Laurene Powell Jobs já havia explicado, em entrevista ao New York Times, que não pretende deixar sua fortuna para os filhos. “Não é correto que indivíduos acumulem uma quantidade de riqueza equivalente à de milhões de outras pessoas juntas. Não acredito em construir riqueza geracional”, afirmou.
Steve Jobs compartilhava da mesma visão. O empresário, que morreu em 2011, defendia que a fortuna deveria ser usada para impactar a sociedade de forma positiva, e não para manter privilégios hereditários. Parte do patrimônio vem sendo destinada a iniciativas de educação, igualdade social e combate à pobreza.
Tendência entre bilionários
A decisão da família Jobs segue uma tendência adotada por outros bilionários, como Bill Gates e Warren Buffett, que também optaram por destinar a maior parte de suas fortunas à filantropia. Gates, por exemplo, declarou que seus filhos receberão menos de 1% de seu patrimônio atual, estimado em mais de US$ 120 bilhões.