Anualmente, o governo distribui parte dos lucros do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e todo mundo que tinha dinheiro guardado no fundo até o último dia do ano anterior tem direito a parte do valor. Essa parte depende do valor que você tinha guardado no fundo.
No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) tomou uma decisão em relação à distribuição desse lucro. Como explica a Istoé Dinheiro, o STF decidiu que o “valor distribuído deve garantir que a rentabilidade do dinheiro nas contas seja maior do que a inflação oficial”.
Antes de 2024, não havia uma regra de que o dinheiro no fundo precisava render mais do que a inflação, mas isso aconteceu em todos os anos desde que a distribuição de lucros foi iniciada, em 2016, com o ano de 2021 sendo a única exceção.
Confira a rentabilidade do FGTS desde então em comparação com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de cada ano:
Ano | Rentabilidade do FGTS | IPCA |
2016 | 7,15% | 6,29% |
2017 | 5,59% | 2,95% |
2018 | 6,18% | 3,75% |
2019 | 4,90% | 4,31% |
2020 | 4,92% | 4,52% |
2021 | 5,83% | 10,06% |
2022 | 7,09% | 5,79% |
2023 | 7,78% | 4,62% |
2024 | 6,05% | 4,83% |
Lucro do FGTS de 2025
Este ano, o Conselho Curador do FGTS estabeleceu que serão distribuídos R$ 12,929 bilhões, 95% do lucro obtido pelo fundo ao longo de 2024, que foi de R$ 13,6 bilhões. Com isso, a rentabilidade atingiu 6,05%, 1,22 ponto percentual acima da inflação de 4,83% do período.
Quem tinha algum valor no FGTS até o fim de 2024 vai receber uma parte dos lucros. Lembrando que esse valor vai para o seu FGTS e, assim como o restante do fundo, só pode ser acessado em algumas situações. A modalidade básica de saque é a de saque rescisão, que pode ser feita em caso de demissão sem justa causa.