Nesta segunda-feira (4), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). A medida aconteceu depois de Bolsonaro descumprir uma medida cautelar, que impedia ele de usar redes sociais de terceiros. O ex-presidente apareceu em um vídeo publicado nas redes sociais do seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Com a prisão domiciliar, Bolsonaro está proibido de receber visitas, com exceção da sua equipe de advogados, sua esposa Michele e sua filha mais nova, Laura. Ele também não pode usar celulares, incluindo os de terceiros. Bolsonaro está com julgamento marcado no STF para setembro por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de estado após ele ser derrotado nas eleições presidenciais de 2022.
Mas o que a população achou da medida? É isso que um monitoramento feito pela Quaest tenta responder.
A população está bem dividida em relação à prisão de Bolsonaro
A Quaest monitorou as redes sociais ontem até as 21h, apurando cerca de 1,2 milhão de menções à prisão domiciliar do ex-presidente no X, Instagram, Facebook, Reddit e YouTube. O monitoramento descobriu a população está dividida em relação à medida, mas com ligeira vantagem para os apoiadores da prisão de Bolsonaro.
Das publicações monitoradas, 53% apoiaram a prisão do ex-presidente, enquanto 47% foram contra a medida.
Entre os apoiadores da prisão, a Quaest não identificou narrativas centrais. Já entre os apoiadores de Bolsonaro, a pesquisa encontrou dois fios discursivos centrais: os ataques a Moraes e a uma suposta “ditadura do STF”, e o discurso de que o ex-presidente estaria sendo perseguido, explica coluna de Lauro Jardim, do O Globo.