Recentemente, o Telescópio Espacial Hubble e o Observatório de Raios X Chandra, ambos operados pela Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, conseguiram captar um fenômeno fascinante no espaço. O telescópio e observatório viram o momento exato em um buraco negro “devorou” uma estrela.
O buraco negro em questão é da classe massa intermediária (BMIs), o que quer dizer que ele pesa algumas centenas de vezes a massa do Sol. De acordo com a Nasa, esse tipo de buraco negro costumam ser invisível porque “não devora tanto gás e estrelas” quanto os buracos negros maiores. Até por isso, o fenômeno observado é considerado extremamente raro.
Em seu site oficial sobre a observação, a agência espacial explica que, para encontrar um BMI, eles precisam ser vistos justamente no momento em que estão em busca de “alimento”. Ao devorarem uma estrela, eles soltam um “jorro de radiação”, que permite que eles sejam observados.
O Instituto de Ciência do Telescópio Espacial publicou um vídeo simulando o fenômeno espacial observado:
O que esse fenômeno pode nos revelar sobre o espaço
O fenômeno capturado pela Nasa virou um estudo e, de acordo com o autor principal, Yi-Chi Chang, da Universidade Nacional Tsing Hua, em Hsinchu (Taiwan), esse fenômeno pode ajudar a entender melhor como os buracos negros se formam.
De acordo com a Nasa, atualmente existem duas teorias alternativas sobre como os buracos negros massivos se formam. Uma delas é que os buracos negros massivos se aglutinam, formando uma espécie de “semente para a formação de buracos negros”.
“Outra teoria é que as nuvens de gás no meio dos halos de matéria escura no universo primordial não formam estrelas primeiro, mas colapsam diretamente em um buraco negro supermassivo”, explica o Correio do Povo.