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Governo confirma a construção de ponte gigantesca; será a mais longa do planeta

Por Alan da Silva
07/08/2025
Em Geral
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Imagem ilustrativa: freestockcenter/Freepik

Imagem ilustrativa: freestockcenter/Freepik

A Itália inicia o projeto de construção de uma grande ponte que conectará a ilha da Sicília ao continente, após décadas de planejamento. O governo de Giorgia Meloni aprovou o projeto nesta quarta-feira, 6 de julho, visando transformar o Estreito de Messina em um eixo de desenvolvimento econômico para a região sul da Itália.

O desenvolvimento da ponte requer um investimento de 13,5 bilhões de euros. Com um vão suspenso de 3,3 km, ela superará a ponte Çanakkale 1915, na Turquia, que tem 2.023 metros. A infra-estrutura é projetada para agilizar as conexões ferroviárias e rodoviárias, substituindo as balsas, o que atualmente limita economicamente a Sicília.

Desafios estruturais e ambientais

Entretanto, o projeto enfrenta oposição devido a fatores como sua localização em uma zona sísmicamente ativa e potenciais impactos ambientais. Preocupações sobre infiltração de organizações criminosas nos contratos de construção também são levantadas, dados os históricos casos de corrupção associados a obras públicas na região.

Outro ponto crítico é o orçamento. Apesar de prometidos 13,5 bilhões de euros, experiências anteriores indicam potenciais estouros de orçamento. Tais questões elevam a vigilância sobre a transparência na execução das obras.

Implicações econômicas e sociais

A construção está prevista para gerar cerca de 120 mil empregos anuais, conforme estimativas. O projeto promete dinamizar o comércio e reduzir o custo da insularidade, que atualmente impõe uma barreira econômica à Sicília.

A companhia Eurolink, liderada pela Webuild, organizará a construção com apoio dos grupos espanhóis e japoneses Sacyr e IHI. A construção deverá começar em 2026, precedida por levantamentos arqueológicos e geológicos no final de 2025. A conclusão está prevista entre 2032 e 2033.

Com a recente aprovação pelo Comitê de Planejamento Econômico e Desenvolvimento Sustentável (CIPESS), e a necessidade de validação pelo Tribunal de Contas da União, o projeto se encontra em uma fase crítica de viabilização. A execução atenta à sustentabilidade e integridade do processo é crucial para o sucesso.

Alan da Silva

Alan da Silva

Jornalista e revisor.

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