Envelhecer com qualidade de vida é possível — e começa com mudanças simples na rotina. Um estudo rigoroso conduzido nos Estados Unidos e publicado na revista JAMA revelou que idosos que adotam hábitos mais saudáveis conseguem retardar o declínio cognitivo típico da idade, mantendo desempenho mental equivalente ao de pessoas até dois anos mais jovens.
A pesquisa acompanhou voluntários de 60 a 79 anos em um programa que combinava exercícios físicos regulares, dieta balanceada, estímulo mental e interação social. Os resultados mostraram que o grupo que contou com acompanhamento constante apresentou ganhos significativamente maiores na saúde cerebral em relação aos que receberam apenas orientações gerais.
A receita que funciona
Para a nutricionista Leticia Manduca, os dados reforçam a importância de seguir um “manual” para o envelhecimento saudável. Ela destaca quatro pontos essenciais:
- Alimentos ricos em nutrientes – Priorizar frutas, verduras, legumes, grãos integrais, nozes, sementes, proteínas magras, feijões e laticínios com baixo teor de gordura. Reduzir frituras, refrigerantes e ultraprocessados.
- Opções práticas e saudáveis – Em rotinas corridas, vale apostar em itens como leite em pó, aveia e frutas congeladas, sempre observando a validade.
- Fibras na dieta – Essenciais para o funcionamento do sistema digestivo e prevenção de problemas comuns na terceira idade, presentes em vegetais, farelo de aveia, lentilhas e sementes.
- Hidratação constante – A sensação de sede diminui com a idade, aumentando o risco de desidratação. É preciso beber água regularmente e incluir alimentos com alto teor de líquidos.
Corpo e mente em movimento
O estudo também detalhou a rotina física adotada pelos participantes: 30 minutos de exercícios moderados quatro vezes por semana, combinados a alongamento, treino de resistência e desafios mentais por meio de programas online, leitura, aprendizado de instrumentos ou novos idiomas.
Mais do que benefícios físicos, a mudança no estilo de vida impacta no bem-estar geral. Phyllis Jones, 66 anos, que participou da pesquisa, relata que perdeu 13 quilos, melhorou a saúde do coração e se sente mais alerta. “Não foi só físico, mas também mental e emocional. Estou em um lugar muito melhor”, contou à Euro News.