A AOL descontinuará seu serviço de internet discada em 30 de setembro de 2025, encerrando 34 anos de operações nos Estados Unidos e Canadá. A decisão foi anunciada pela empresa, que é uma subsidiária do grupo Yahoo, parte da Verizon Communications.
O avanço das tecnologias de conexão tornou o fechamento inevitável. O serviço ainda contava com cerca de 265 mil usuários em 2019, todos conectados por linhas telefônicas fixas. Este serviço, icônico nos anos 90, será deixado para trás à medida que a banda larga ganha espaço.
Evolução da conexão discada
Nos anos 1990, a internet discada foi vital para conectar milhões ao mundo digital. Essa forma de acesso, proporcionada por um cabo telefônico e um modem, era caracterizada pela velocidade limitada de 56 Kbps e pela ocupação da linha telefônica.
A AOL, com a distribuição de CDs de teste gratuitos, se destacou nessa época, ocupando uma posição significativa no cenário digital. Nas fases finais dessa era, a AOL respondia por cerca de 39% do tempo online dos americanos.
Impacto cultural
A internet discada não apenas transformou a forma de conexão, mas também se firmou como um emblema cultural. Filmes e séries da época faziam menção ao som dos modems discando, um eco do início digital de muitos usuários.
Ainda em 2017, a AOL encerrou seu popular serviço de mensagens instantâneas, o AIM. A empresa passou por aquisições significativas, como a compra pela Verizon em 2015, antes de ser integrada ao Yahoo sob o comando de uma firma de private equity.
Novo padrão digital
Com o encerramento da discagem, o AOL Dialer e o navegador AOL Shield também serão descontinuados. O movimento indica a adaptação às novas tecnologias da internet.
Conexões de fibra óptica dominam as áreas urbanas, enquanto regiões menos acessíveis recorrem a opções via satélite e banda larga móvel. A transição para a banda larga torna o cenário da discagem uma parte da história.