O lendário ator Daniel Day-Lewis, considerado por muitos o maior intérprete da história do cinema, está de volta. Após anunciar sua aposentadoria em 2017, o britânico de 68 anos retorna no drama Anemone, dirigido por seu filho Ronan Day-Lewis, que também assina o roteiro ao lado do pai. O longa terá estreia no Festival de Cinema de Nova York no próximo mês.
Em Anemone, Day-Lewis interpreta um ermitão que reencontra o irmão, vivido por Sean Bean, após anos de afastamento. Ambientada em Manchester, a trama aborda relações familiares marcadas por passados traumáticos e conflitos não resolvidos. Samantha Morton, Samuel Bottomley e Safia Oakley-Green completam o elenco.

O peso do último papel
A aposentadoria de Day-Lewis foi anunciada pouco antes da estreia de Trama Fantasma (Phantom Thread, 2017), dirigido por Paul Thomas Anderson. Conhecido por sua atuação de método, o ator mergulhou tão profundamente no personagem Reynolds Woodcock que, segundo relatos de bastidores, chegou à exaustão física e mental.
“Ele parecia assombrado e destruído”, contou um membro da equipe. “Disse a alguns de nós que não aguentava mais — não daquele jeito.”
Três Oscars e um legado inigualável
Day-Lewis é o único ator masculino a vencer três Oscars de melhor ator: por Meu Pé Esquerdo (1989), Sangue Negro(2007) e Lincoln (2012). Sua entrega total aos papéis, incluindo longos períodos vivendo como seus personagens fora das filmagens, ajudou a moldar sua reputação como um artista raro e intenso.
Com Anemone, o astro rompe o silêncio e retorna à arte que o consagrou — desta vez, em uma parceria familiar que promete emoção dentro e fora das telas.