Em 24 de agosto de 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) tomou uma decisão histórica: Plutão deixou de ser reconhecido como o nono planeta do Sistema Solar. Desde então, ele passou a integrar a categoria de “planeta anão”, ao lado de outros corpos encontrados no Cinturão de Kuiper.
A mudança, que completa 19 anos em 2025, alterou livros didáticos, gerou debates acalorados entre cientistas e despertou nostalgia em muitas pessoas que cresceram aprendendo que o pequeno mundo gelado fazia parte da lista dos nove planetas.
Por que Plutão foi rebaixado
A redefinição surgiu quando missões astronômicas começaram a identificar outros objetos muito parecidos com Plutão na região além da órbita de Netuno. Diante disso, a IAU elaborou critérios claros para determinar o que é um planeta: orbitar o Sol, ter massa suficiente para ser esférico e “limpar” sua órbita, ou seja, ser gravitacionalmente dominante no espaço ao redor.

Plutão atende às duas primeiras exigências, mas falha na terceira. Localizado em uma área repleta de asteroides e outros corpos, ele não exerce controle gravitacional sobre sua vizinhança. Assim, deixou de ser considerado planeta principal.
Uma decisão ainda polêmica
A exclusão de Plutão, no entanto, não foi aceita unanimemente. Alguns cientistas argumentam que a definição da IAU é limitada, já que exclui até exoplanetas descobertos fora do Sistema Solar. Outros criticam a forma como a votação foi conduzida, sem ampla participação da comunidade científica.
Ainda assim, Plutão segue sendo um objeto fascinante de estudo. Com sua superfície gelada, seu “coração” de nitrogênio e possíveis vulcões de gelo, continua atraindo o interesse de astrônomos e entusiastas. Para muitos, mesmo que oficialmente seja um “planeta anão”, no imaginário coletivo ele jamais deixará de ser o nono planeta.