A Polícia Federal deflagrou na última quarta-feira uma operação contra uma organização criminosa especializada em fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O esquema, que começou em 2018, causou prejuízo estimado em R$ 3 milhões aos cofres públicos.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e ativos dos investigados. A ação contou com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Caixa Econômica Federal (CEF).
Como funcionava o golpe
Segundo a investigação, funcionários e ex-funcionários da Caixa inseriam dados falsos no sistema do banco para liberar benefícios irregulares. Entre as fraudes identificadas estavam:
- comprovação de vida de pessoas fictícias ou já falecidas;
 - emissão de segundas vias de cartões para beneficiários inexistentes;
 - autorização de pagamentos irregulares;
 - uso de documentos adulterados para habilitar benefícios.
 
Mesmo após serem demitidos em 2022, os ex-servidores continuaram operando o esquema. Eles repassaram os dados a terceiros, que realizavam saques mensais de pelo menos 17 benefícios fraudulentos ainda ativos.
Comunicado da Caixa aos aposentados
A Caixa informou ter aberto processo disciplinar que levou à demissão dos envolvidos e reforçou os mecanismos de controle. O banco alertou aposentados e pensionistas para ficarem atentos a mensagens falsas por SMS, e-mail, ligações telefônicas e até visitas presenciais.
A orientação é que o segurado nunca forneça cartões, senhas ou códigos de acesso a terceiros. Para verificar descontos ou irregularidades, o caminho seguro é acessar o aplicativo ou site do Meu INSS, em “Consultar Benefício” → “Extrato de Pagamento”.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), valores descontados de forma indevida em abril serão devolvidos automaticamente entre 26 de maio e 6 de junho. Já ressarcimentos referentes a meses anteriores estão sendo analisados pela Advocacia-Geral da União (AGU).
			



