O pagamento do Bolsa Família referente a agosto de 2025 trouxe mudanças que afetam diretamente milhões de brasileiros. O programa, que neste mês contemplou 19,19 milhões de famílias, também registrou bloqueios, suspensões e cancelamentos, como forma de garantir que o benefício chegue a quem realmente precisa.
De acordo com o Informe nº 91 do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), 675 mil famílias tiveram o benefício bloqueado por inconsistências no Cadastro Único, detectadas na chamada Ação de Qualificação Cadastral. Outras 576 mil perderam o pagamento por não atenderem às convocações de atualização de dados, enquanto cerca de 40 mil tiveram a renda suspensa por descumprirem condicionalidades de saúde e educação.
Regras para entrar no Bolsa Família
O critério básico de ingresso continua sendo a renda: podem participar famílias com até R$ 218 mensais por pessoa. Além disso, é necessário manter os dados atualizados no Cadastro Único e cumprir compromissos de saúde (como vacinação) e educação (frequência escolar das crianças e adolescentes).
Com a nova Regra de Proteção, em vigor desde junho, famílias que ultrapassarem esse limite poderão permanecer temporariamente no programa, recebendo 50% do valor do benefício. O tempo varia conforme o perfil: até 12 meses para quem teve aumento de renda no trabalho e até 2 meses para famílias com renda estável, como aposentadoria ou pensão.
Quem sai do programa
Segundo o MDS, a saída de famílias que já não se enquadram nos critérios é necessária para dar espaço a novos beneficiários em situação de vulnerabilidade. A pasta reforça que o cancelamento não é definitivo: caso a renda volte a cair, é possível solicitar o retorno garantido ao Bolsa Família em até 36 meses.
“O programa acompanha as dinâmicas da economia e deve ser ajustado sempre que necessário, para manter sua efetividade e garantir que os recursos cheguem às famílias que mais precisam”, destacou o ministério em nota.




