O governo federal anunciou que sete alimentos brasileiros serão incluídos de forma prioritária nas compras públicas, especialmente para a merenda escolar. A medida faz parte do plano de apoio aos setores afetados pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais.
A lista, publicada em edição extra do Diário Oficial da União na última sexta-feira (22), inclui:
- Açaí
 - Água de coco
 - Castanhas
 - Manga
 - Mel
 - Uva
 - Pescados, como tilápia, pargo e corvina
 
Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, a escolha recaiu sobre produtos mais perecíveis, que não têm a mesma facilidade de redirecionamento para outros mercados externos.
Teixeira explicou que itens como carne bovina e café ficaram de fora porque continuam com grande demanda em outros países.
“Tem outros mercados que querem o café brasileiro, já que não têm grande disponibilidade. A carne, igualmente, tem outros mercados que quererão a carne brasileira, que é muito barata e de altíssima qualidade”, afirmou.
O ministro disse acreditar ainda que esses dois produtos possam ser futuramente isentos da tarifa norte-americana.
Destino: merenda escolar e programas públicos
De acordo com o governo, os alimentos adquiridos devem abastecer escolas públicas, hospitais, restaurantes universitários, Forças Armadas e programas voltados a populações em situação de insegurança alimentar.
“O governo vai estimular que estados e municípios possam adquirir esses produtos pelos programas públicos da alimentação escolar”, declarou Teixeira.
A expectativa é que a iniciativa garanta alimentação de melhor qualidade para os estudantes e, ao mesmo tempo, proteja a cadeia produtiva nacional, absorvendo parte da produção que antes era destinada ao mercado norte-americano.
Impacto na economia
O governo destacou que os produtores serão remunerados de acordo com o preço de mercado interno, e não pela cotação internacional. Dessa forma, evita-se a perda de alimentos e assegura-se a sustentabilidade financeira de agricultores e pescadores.
“Estamos garantindo não apenas o consumo interno, mas também a sobrevivência de empreendedores e trabalhadores que dependem dessa cadeia produtiva”, reforçou o ministro.
			



