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Esse parasita é capaz de acabar com qualquer dor e coceira em humanos

Por Pedro Silvini
28/08/2025
Em Geral
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Parasita

(Reprodução/Wikimedia Commons)

Cientistas descobriram que o Schistosoma mansoni, verme responsável pela esquistossomose, possui uma estratégia surpreendente para invadir o corpo humano sem ser percebido. O parasita produz moléculas capazes de bloquear proteínas que transmitem sensações de dor, calor e coceira, permitindo que suas larvas penetrem na pele sem provocar reação imediata.

O estudo, publicado no Journal of Immunology, aponta que essas moléculas interferem diretamente nos neurônios TRPV1+, células nervosas especializadas em emitir alertas contra ameaças externas, como queimaduras, substâncias tóxicas ou agentes infecciosos. Ao suprimir essa resposta, o verme não apenas evita a dor e a coceira, como também enfraquece a primeira linha de defesa imunológica do corpo.

Pesquisadores da Tulane School of Medicine, nos Estados Unidos, realizaram testes com camundongos para comprovar a hipótese. Animais infectados apresentaram maior resistência à dor em comparação com os não infectados, confirmando que o S. mansoni libera substâncias que reduzem a sensibilidade dos nervos.

Segundo o imunologista De’Broski Herbert, identificar e isolar essas moléculas pode abrir espaço para o desenvolvimento de novos analgésicos, capazes de atuar sem os efeitos colaterais comuns dos opioides. Além disso, um futuro medicamento tópico que estimule os TRPV1+ poderia ajudar a prevenir a esquistossomose, protegendo populações expostas à água contaminada.

Um avanço e um alerta

Apesar do potencial terapêutico, especialistas ressaltam que transformar a descoberta em tratamento exigirá anos de pesquisa. Isso porque a supressão dos neurônios de alerta também enfraquece o sistema imunológico, aumentando a vulnerabilidade do organismo a outros agentes nocivos.

A esquistossomose, conhecida como “barriga d’água”, afeta milhões de pessoas em países tropicais e ainda representa um grave problema de saúde pública. A nova descoberta mostra que, mesmo de um parasita perigoso, pode surgir uma chave para avanços médicos.

“Esses achados reforçam a importância de estudar a biologia dos parasitas não apenas como ameaça, mas também como fonte de soluções inovadoras”, afirmou Herbert.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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