A Ilha da Saudade, situada no bairro Coqueiros, em Florianópolis, está à venda devido a uma execução fiscal movida pela União contra uma construtora local, que acumula uma dívida tributária de R$ 8,7 milhões. O imóvel de 600 metros quadrados, avaliado em R$ 2,25 milhões, foi a leilão no dia 4 deste mês, mas não recebeu nenhum lance.
Um novo leilão está programado para 24 de setembro de 2025, com um lance inicial reduzido para R$ 1,12 milhão, equivalente a 50% do valor original.
A venda da ilha expõe o desinteresse por imóveis emblemáticos, apesar de sua localização valorizada. Coqueiros é conhecido por sua infraestrutura de restaurantes e bares, com destaque para a Rua Desembargador Pedro Silva. Até as décadas de 1960 e 1970, o local era um balneário popular, mas a poluição da Baía Sul contribuiu para o afastamento dos frequentadores.

Desafios do leilão
Apesar de um desconto significativo, a primeira tentativa de venda não atraiu compradores. O mercado imobiliário em Florianópolis enfrenta dificuldades, refletindo contextos econômicos mais amplos.
Em resposta, a Justiça Federal organiza um segundo leilão, prometendo uma disputa mais competitiva caso novas ofertas surjam próximo ao horário final.
Oportunidade
Com o leilão agendado para 24 de setembro de 2025, às 14h, há expectativa de que o interesse pelo patrimônio histórico e a possibilidade de aquisição a um preço reduzido aumentem a participação de compradores.
A transação é crucial para a construtora, com a obrigação de cumprir suas responsabilidades fiscais perante a União.