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Essa lei de Hitler, criada em 1941, é a mais temida e foi utilizada por várias ditaduras

Por Pedro Silvini
09/09/2025
Em Geral
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Hitler Alemanha

Em 7 de dezembro de 1941, enquanto aviões japoneses atacavam Pearl Harbor, o marechal Wilhelm Keitel, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Alemanha nazista, assinava em Berlim um decreto que entraria para a história como um dos mais temidos da Segunda Guerra Mundial. Batizado de “Noite e Neblina” (Nacht und Nebel), o documento autorizava o desaparecimento de qualquer pessoa considerada inimiga do Reich nos territórios ocupados.

Por ordem direta de Adolf Hitler, suspeitos de colaborar com a resistência eram capturados à noite, levados secretamente à Alemanha e julgados em tribunais especiais. O contato com familiares era proibido e, na prática, milhares simplesmente desapareceram sem deixar vestígios.

Segundo especialistas em direitos humanos, o decreto foi a semente do que hoje se conhece como desaparecimento forçado, classificado como crime de lesa-humanidade pelo Tribunal Penal Internacional. Estima-se que cerca de 7 mil pessoas foram detidas sob o decreto, das quais pelo menos 5 mil na França ocupada.

“Os detidos não eram executados de imediato, mas transportados secretamente, onde desapareciam sem deixar rastro”, explica o jurista venezuelano Jesús Ollarves Irazábal, autor de Desaparición Forzada de Personas: Estudio Histórico-Jurídico.

O efeito psicológico e político

Para Hitler, longas penas de prisão eram “sinais de fraqueza”. O objetivo do decreto era o medo: ao sumirem sem explicação, os prisioneiros se tornavam um aviso silencioso às comunidades ocupadas.

Inspirado inclusive em versos de Goethe, que falava em ações ocultas pela neblina e pela noite, o nome simbolizava o desaparecimento sem rastros.

Herança sombria

Décadas depois, a prática se espalharia em ditaduras da América Latina, incluindo Brasil, Argentina e Chile, durante os anos 1960 e 1970. Organizações como a Anistia Internacional e a ONU apontam que os desaparecimentos nesses regimes seguem o mesmo padrão inaugurado pelo decreto nazista.

Hitler expandiu o alcance do “Noite e Neblina” em 1944, ampliando-o a qualquer ato contra interesses alemães, mesmo fora do campo militar. A medida consolidou-se como ferramenta de repressão absoluta — e modelo para regimes autoritários no pós-guerra.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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