Esmaltes em gel com uma substância química específica, chamada TPO (óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina) passaram a ter sua comercialização proibida na Europa. Regulamentos europeus classificaram a substância, que ainda é permitida em cosméticos aqui no Brasil, como “cancerígeno, mutagênico ou tóxico para a reprodução”.
Uma matéria do O Globo explica que o TPO é um fotoiniciador, uma substância que reage à luz LED/UV, permitindo a solidificação do esmalte em gel. Esmaltações feitas com produtos com a substância podem durar semanas, mantendo uma aparência brilhosa, um dos motivos pelos quais esse tipo de esmaltação é tão popular. Vale destacar que nem todos os esmaltes em gel contam o TPO na composição.
O TPO também é chamado por outros nomes, que você encontrar na embalagem dos produtos, confira:
- Difenil (2,4,6-trimetilbenzoil) fosfina óxido;
- (2,4,6-trimetilbenzoil) difenilfosfina óxido;
- 2,4,6-Trimetil benzoidifenil fosfina óxido.
Consultada pelo O Globo, Mariana Figueiredo, dermatologista do Einstein Hospital Israelita, explicou que, no Brasil, a substância ainda está liberada, mas a Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) pode revisar a questão, se surgirem evidências científicas corroborando os riscos do TPO.
Por que substância de esmalte em gel é considerada prejudicial?
A preocupação com a substância vem de estudos feitos em animais, que descobriram que o TPO está associado à infertilidade em ratos fêmeas e à redução do tamanho dos testículos e menor número de espermatozoides nos roedores machos. “Os achados indicam um risco presumido à saúde humana, embora tais efeitos ainda não tenham sido comprovados em estudos clínicos com seres humanos”, destaca a dermatologista Mariana Figueiredo.