Arqueólogos do projeto Amazônia Revelada, com apoio da National Geographic, anunciaram a identificação da cidade colonial de Lamego, ocultada pela vegetação amazônica em Rondônia. Usando a tecnologia Lidar, a equipe mapeou com precisão estruturas sob a floresta densa, revelando a cidade próxima ao quilombo Real Forte do Príncipe da Beira.
Lamego abrigava cerca de 300 pessoas, entre colonizadores portugueses e pessoas escravizadas, e representava uma urbanização planejada da época.

Os pesquisadores destacaram como a descoberta de Lamego lança luz sobre a presença colonial organizada na região amazônica, desafiando a percepção anterior de ocupação dispersa e improvisada. A cidade abrigava traçados de ruas e infraestruturas urbanas que evidenciam um planejamento sofisticado, com o objetivo de assegurar o controle político e militar no interior da Amazônia.
Vila de Bragança
Além de Lamego, os arqueólogos localizaram a vila de Bragança a cerca de 8 km de distância. As evidências de ruas e edificações sugerem atividades urbanas ativas dessa localidade, reafirmando a importância da colonização portuguesa no norte do Brasil.
Essas descobertas são cruciais para compreender como as redes de assentamentos sustentavam a soberania europeia na floresta.
Tecnologia Lidar
A tecnologia Lidar, utilizada por meio de sensores a laser acoplados a aeronaves, permitiu desvendar a vegetação que encobria essas cidades históricas.
Embora apenas uma pequena porcentagem da Amazônia tenha sido escaneada até agora, este método se mostra promissor para futuras descobertas arqueológicas. A identificação e proteção de tais sítios são essenciais para a herança cultural e identidade das comunidades amazônicas.