A televisão brasileira está em transformação com a implementação da TV 3.0, oficialmente instituída por um decreto presidencial assinado em 27 de agosto de 2025. Essa nova tecnologia visa redefinir o consumo de conteúdo audiovisual no Brasil ao integrar transmissão tradicional e serviços de internet com o padrão ATSC 3.0.
O objetivo é oferecer interatividade em tempo real, compras diretamente pela TV e acesso a conteúdos sob demanda.
A TV 3.0, prevista para ser lançada no Brasil em junho de 2026, conta com um sistema que mescla broadcast e broadband. Essa tecnologia permite transmissão de conteúdos em até 8K de resolução e proporciona som imersivo, aproximando-se da qualidade cinematográfica.
Destaca-se também a personalização dos anúncios, assemelhando-se às redes sociais, o que representa um avanço significativo na publicidade televisiva.
Para os telespectadores, a implementação não exige imediatamente a substituição dos aparelhos existentes. Dados indicam que 58% dos lares já conectados à internet poderão usufruir das novas funcionalidades sem a necessidade de hardware adicional. Entretanto, para outros brasileiros, a substituição pode ser inevitável.
Contudo, a aquisição de conversores específicos será necessária inicialmente, o que pode representar um obstáculo para algumas famílias.
Soluções na implementação
A migração para a TV 3.0 implica desafios financeiros e logísticos consideráveis. O governo prevê um investimento de R$ 2,8 bilhões até 2030 para a infraestrutura necessária, mas a conectividade estável é uma preocupação, já que 78% da população ainda carece de cobertura adequada de internet.
A nova tecnologia também permitirá a integração de serviços estatais e educativos, transformando a televisão não apenas em um meio de entretenimento mas também em uma plataforma de utilidade pública.